Regulação das plataformas digitais, anonimato e o sistema constitucional brasileiro

JOTA.Info 2020-08-10

Outubro de 1859. Estava escrito, na edição semanal do Jornal O espelho: “a palavra, esse dom divino que fez do homem simples matéria organizada, um ente superior na criação, a palavra foi sempre uma reforma. Falada na tribuna é prodigiosa, é criadora, mas é o monólogo; escrita no livro, é ainda criadora, é ainda prodigiosa, mas é ainda o monólogo; esculpida no jornal, é prodigiosa e criadora, mas não é o monólogo, é a discussão”. Uma crônica que trata do poder transformador da imprensa, do diálogo e da esperança na humanidade. O autor, hoje sabemos, era Machado de Assis, mas o leitor da época se deparava com o vazio ao final da leitura: nenhuma assinatura.