Juízes contam motivações que os fizeram ingressar na carreira

Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso 2019-09-02

Summary:

 A vontade de fazer a diferença na vida das pessoas garantindo os direitos previstos nas leis, move a vontade daqueles que sonham em um dia ser juiz. Foi assim que Gilperes Fernandes da Silva (turma de 1992), Lúcia Perufo (turma de 1996), Maria das Graças Gomes da Costa (turma de 1996) e Valmir Alaércio dos Santos (turma de 1996) se tornaram magistrados da Justiça mato-grossense e, nesta segunda-feira (2 de setembro), completam aniversário de efetiva prestação de serviço à população.
 
Gilperes destaca que ainda muito jovem trabalhou no foro extrajudicial e também judicial e sempre mirou no trabalho que os advogados faziam. Ele se espelhava em ícones mato-grossenses, como Altivane Ramos de Lacerda, Nivaldo Fernandes de Moraes, Benedito Xavier Corbelino e Orlando Almeida Perri. Há 27 anos na magistratura, sendo 16 em Vara de Família, destaca que o trabalho preenche a vida
 
“Longe da parcialidade e sem prejudicar uma pessoa em detrimento de outra, decidir e ajudar alguém me faz feliz e realizado. Prestar um serviço ao público é a melhor parte da carreira. Com certeza, posso falar que tanto uma decisão de 15 laudas, em que me debruço vários dias para fazer, quanto uma decisão de uma lauda, que a minha experiência me permite decidir rapidamente, marcam a minha vida. Podem até dizer que os casos são semelhantes, entretanto, é preciso lembrar que as pessoas e as expectativas são diferentes”, ressalta o magistrado.
 
Colega de turma, o juiz Márcio Aparecido Guedes, também completa 27 anos de magistratura e conta que ser juiz sempre foi o objetivo desde que começou a fazer a faculdade em Tupã (SP). Enquanto estudava e foi conhecendo o Direito, o magistrado descobriu que seguir a magistratura seria uma forma direta de contribuir com o cidadão.
 
“Essa é uma carreira que tem uma finalidade nobre, pois temos a possibilidade de dar uma grande contribuição para a coletividade na proteção e segurança dos direitos. Na Vara da Fazenda Pública, onde estou há muitos anos, vivencio muito isso. Aqui vejo o quanto o Judiciário, no papel do magistrado, é importante para a garantia de direitos constitucionais como o direito à saúde. São muitas as situações que marcam a vida do juiz”, aponta.
 
A magistrada do Primeiro Juizado Especial Cível de Cuiabá, Lúcia Peruffo, comemora 23 anos de magistratura, mas já contabiliza 33 anos de vivência do Judiciário mato-grossense. Antes de realizar o sonho de ser juíza foi servidora efetiva da Instituição. Ela conta que o Judiciário está no DNA da família, pois, além dela, mais três parentes e o filho seguem a carreira. Também acredita que ser juiz é uma vocação, tendo em vista que a pessoa tem que estar disponível, principalmente para ver a necessidade dos outros.
 
“O juiz não é nada sozinho. É importante reconhecer as pessoas que estão ao meu redor, minha equipe é maravilhosa. Todos que passaram pela minha vida profissional agregaram”, agradece. “Sempre tive uma visão muito ampla do que a carreira me oferece, mas também do meu dever. Certa vez, na Comarca de Tangará da Serra, fiz um processo de guarda provisória, muito tempo depois encontrei uma mulher que me disse que dei a guarda para ela e depois adotou a criança. Ela disse que fiz um bem para elas. Porém, não fiz nada além do meu ofício. Mas, o reconhecimento e o fato dela vir me falar demostra uma valorização pelo meu trabalho”, cita.
 
A juíza Maria das Graças destaca que começou a trabalhar no Judiciário em 1986, datilografando audiências, e já são 33 anos desde então, sendo que 23 foram na magistratura. Ela conta que foi nos primeiros anos de trabalho que descobriu a grandeza de poder ouvir a verdade de alguém, enquanto datilografava audiências e se emocionava com as histórias de vida tantos das vítimas quanto dos réus. Afirma ainda que ser juiz é um sonho realizado, com muitas preocupações, realizações e alegrias também.
 

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http://tjmt.jus.br/noticias/57430

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09/02/2019, 19:32

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09/02/2019, 14:26