Projeto Conhecendo o Judiciário do TJPB recebe estudantes do Ensino Fundamental

Tribunal de Justiça da Paraíba 2017-11-06

Os adolescentes participaram, ativamente, questionando o desembargador acerca de variados temas

Estudantes do 7º, 8º e 9º anos do Ensino Fundamental da Escola Municipal Darcy Ribeiro participaram, na tarde desta segunda-feira (06), do Projeto Conhecendo o Judiciário. Os 61 alunos, de idades entre 12 e 15 anos, visitaram o Tribunal de Justiça da Paraíba, a fim de conhecer a estrutura e as atribuições do Poder Judiciário. O desembargador Leandro dos Santos, idealizador e coordenador do projeto, os recepcionou na Sala de Sessões do Tribunal Pleno para uma breve palestra e esclarecimento das dúvidas.

De forma didática, fazendo uso de exemplos simbólicos e comparações, o desembargador explicou o trabalho de um magistrado, os encadeamentos dos processos que tramitam na Justiça, o funcionamento de uma sessão de julgamento e abordou, também, os avanços conquistados pelo Judiciário nos últimos anos.

Os estudantes tiveram a oportunidade de expressar suas dúvidas sobre variados temas. Foram levantadas questões sobre a redução da maioridade penal, legalização do porte de armas e da maconha, celeridade processual, casos de pagamento de pensão alimentícia, e sobre o recente atentado cometido por um adolescente dentro da sala de aula em uma escola de Goiânia (GO).

Na ocasião, o desembargador Leandro dos Santos também foi indagado acerca de caminhos para o combate à violência no Brasil, e defendeu a educação como a principal solução, bem como o compromisso social de cada cidadão ao desempenhar o seu papel nas eleições, escolhendo autoridades preocupadas em investir nessa área e na cultura.

Após a conversa, que ocorreu no Pleno, os alunos visitaram, ainda, a 3ª Câmara Cível, o Memorial do Tribunal de Justiça e o Salão Nobre.

Para a professora de Português Verônica Pontes, que acompanhou os alunos, é de grande valor a oportunidade que os estudantes têm de visitar o TJPB. “É importante para fazê-los refletir sobre todas essas questões que estão aprendendo hoje, que envolvem o Judiciário, e para pensar sobre o que eles pretendem para o futuro, se essa área lhes interessa. Andado aqui pelos corredores, a gente já viu, pelos comentários, que muitos se encantaram com esse mundo”, relatou.

Também acompanharam os estudantes os professores Frank Steweson, da disciplina de Geografia; e Wodson Bulhões, de Artes.

Ana Beatriz Ferreira da Silva, de 14 anos, aluna do 9º ano, considerou positiva a experiência do Conhecendo o Judiciário e afirma ter esclarecido suas dúvidas. “Eu achei muito importante, porque era algo que eu não conhecia. E me chamou muita atenção a maneira como o desembargador se comunicou conosco, foi muito esclarecedor pra mim”, afirmou.

Ao final da visita, o desembargador Leandro dos Santos declarou sua satisfação em relação à participação dos adolescentes e comparou com edições em que os visitantes são universitários da área do Direito. “Esses jovens são a representação do nosso futuro. E, eles querem saber coisas que interessam a sua própria formação”.

“Quando a gente recebe os estudantes de Direito, as perguntas geralmente são mais voltadas àquela atividade: como ele vai atuar como futuro advogado, juiz, promotor e como é o funcionamento do Tribunal dentro da respectiva área. Nesse caso, temos pessoas que estão preocupadas com a cidadania de um modo geral. Querem saber questões que afetam a todas as pessoas como a violência, as drogas, o desarmamento, por exemplo. Questões que são muito sensíveis e relevantes”, destacou o magistrado.

O desembargador ressaltou, ainda, o cumprimento do principal objetivo do projeto: esclarecer as atribuições do Judiciário e torná-lo acessível a todos. “Eles não conhecem, exatamente, qual o papel do Judiciário frente aos problemas debatidos. Querem ouvir um juiz, um desembargador sobre o assunto. E, quando eu tenho essa oportunidade de esclarecer o que seria a posição do Judiciário, ou seja, a minha posição enquanto desembargador ou mesmo cidadão, é quando me sinto muito realizado ao longo da história do Conhecendo o Judiciário”, concluiu.

 

Por Marília Araújo (estagiária)