Nupemec realiza Semana Nacional de Conciliação em todas as comarcas do RN
Notícias TJRN 2017-11-09
Summary:
O Núcleo Permanente de Mediação e Conciliação (Nupemec) do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte realizará entre os dias 27 de novembro e 1º de dezembro, em todas as comarcas do estado, a Semana Nacional da Conciliação. Com a missão de fortalecer a cultura da mediação na sociedade, o esforço concentrado pretende solucionar 3.500 processos judiciais por esta via de solução de conflitos.
De acordo com o desembargador Cornélio Alves, presidente do Nupemec, o fortalecimento da cultura da mediação na sociedade é fundamental para aumentar o protagonismo das partes na solução de seus próprios conflitos.
“Esperamos que as pessoas mudem essa ideia de que o Judiciário tem que dar a última palavra sobre todas as questões. As próprias partes têm capacidade de lidar com muitas das questões judicializadas, e esperamos que consigam sentar e resolver seus próprios problemas. Mas, para isso, é preciso mudar nossa cultura do litígio para a da conciliação”, explicou o desembargador.
Para incentivar o máximo de pessoas que estão com processos tramitando na Justiça a buscar a conciliação, o Nupemec criou meios de incentivar o método. Por meio de um ofício, o TJRN solicitou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no estado para que entrasse em contato com todos os advogados para que informem as partes sobre a realização da Semana Nacional de Conciliação.
Além disso, também foi criado um site para que, através do preenchimento de um formulário eletrônico, a própria parte possa declarar a intenção de buscar a conciliação. Com o preenchimento do formulário, o juiz responsável será informado e marcará a audiência para a Semana.
Vantagens
Para o desembargador Cornélio Alves, presidente do Nupemec, além da criação de uma nova cultura de resolução de conflitos, a conciliação oferece várias vantagens de ordem prática, influenciando inclusive a qualidade da execução da decisão.
“A parte que busca a conciliação economiza tempo do processo. Como sabemos, alguns processos se arrastam por anos, mas quando a parte concilia, ela pode acabar com aquilo de imediato. Além desse encurtamento do processo, se gasta muito menos com advogado e custas processuais. Isso, sem contar no desgaste pessoal que fica no relacionamento entre as partes envolvidas em um processo: quando se faz a conciliação, o relacionamento melhora, às vezes até acaba [o desgaste]”, afirma o magistrado.