Sala lúdica acolhe crianças e familiares durante a ‘Semana de Conciliação’ no TJ-PI
Poder Judiciário 2017-11-28
Com a previsão de resolver mais de 2.000 mil processos extrajudicialmente em cinco dias o Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) realiza até a sexta-feira (01/12) a 12ª edição da Semana Nacional de Conciliação. Promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a Semana tem como objetivo incentivar o acordo entre as partes, evitando que mais processos cheguem ao Judiciário.
E para que toda essa expectativa seja atendida o Tribunal conta com o trabalho de vários profissionais, dentre juízes, servidores, assistentes sociais, psicólogos, e a parceria com integrantes do Ministério Público e Defensoria Pública.
Destaque na Semana de Conciliação é a ‘Sala de Acolhimento’, que foi preparada especialmente para receber crianças filhas de pais que estejam figurando em algum processo e que precisam se deslocar até o Fórum Central para participar das audiências. O acolhimento é feito pelo núcleo multidisciplinar da Semana e tem importância fundamental, pois além de garantir a segurança destas crianças, permite que os pais fiquem mais tranquilos a propensos a resolver seus litígios pela via consensual.
“A maioria das audiências agendadas são envolvendo ações de família, sobretudo, de guarda, guarda compartilhada, e com a presença de crianças. Assim, estes pais podem deixar seus filhos em nossa sala, que foi estruturada para acolher bem. Temos profissionais, televisão, lanche, e segurança para elas. Foi uma ideia interessante e que deverá ser levada adiante, para que as pessoas que irão participar de outras audiências no Fórum possam também usar a sala para deixar seus filhos”, explicou o Desembargador José Ribamar Oliveira, Coordenador da Semana no TJ-PI.
HOMENAGEM Este ano a sala de Acolhimento homenageia Nenzinha Machado e Isis Castelo Branco, duas mulheres a frente do seu tempo e que foram destaques prestando relevantes serviços sociais no Piauí, sobretudo, na cidade de Campo Maior.
Isis maria Martins Raposo Castelo Branco nasceu na cidade de Flores, hoje Timon, Maranhão, em 1923. Foi professora por mais de 60 anos, escritora de vários livros e dava aulas de reforço para crianças na ‘Escolhinha do Amor’, que tinha em sua casa. É autora do Hino da Contabilidade. Em 2010 foi agraciada com o Prêmio de Educação em Direitos Humanos pelo Comitê Estadual de Educação em Direitos Humanos no Piauí. Faleceu em 2015.
Francisca Nogueira Rocha, mas conhecida como Nenzinha Machado nasceu em 1937 em Fortaleza, no Ceará. Casou-se aos 14 anos e teve uma vida marcante. Foi radioamadora e em 1959, ao tomar conhecimento que filhos de mulheres prostitutas e mães solteiras não poderiam estudar, solicitou junto às autoridades de Campo maior que autorizasse, pois “todas as pessoas eram iguais e que a educação era um bem que todas as crianças e adolescentes deveriam ter”. O que vou revolucionário para a época. EM 1988, a Constituição Federal foi outorgada e legalizou estes direitos reivindicados por Nenzinha Machado, muito antes. Faleceu em 1992.
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FONTE: Ascom TJ-PI