Avaliação positiva do governo recua e atinge 35%, a negativa é de 32%, aponta CNT/MDA
JOTA.Info 2024-11-12
O governo Lula registrou queda na avaliação expressamente positiva e aumento da rejeição entre maio e novembro, segundo pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira (12/11). A avaliação positiva (soma de “ótimo” e “bom”) recuou de 37,4% para 35,5%, enquanto a negativa (“ruim” e “péssimo”) aumentou de 30,5% para 30,8%. Os que consideram o governo “regular” são 32,1%, ante 30,5% na pesquisa anterior.
Conheça o JOTA PRO Poder, uma plataforma de monitoramento político e regulatório que oferece mais transparência e previsibilidade para empresas
A 162ª rodada da pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), realizada pela consultoria MDA, ouviu 2.002 pessoas em 137 municípios de todas as regiões do Brasil, entre os dias 6 e 9 de novembro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
Na mesma direção, na medição dicotômica, a aprovação pessoal do presidente Lula recuou 1 ponto (de 50,7% para 49,7%), enquanto a desaprovação subiu 2 pontos (de 43,7% para 45,7%) entre maio e novembro. Outros 4,6% não se posicionaram.
As oscilações registradas merecem crédito, independente de estarem teoricamente situadas na margem de erro da pesquisa, uma vez observados outros aspectos que se relacionam com essa leitura. Por exemplo, 35% dos entrevistados avaliam que a economia está pior em 2024 em comparação a 2023, enquanto apenas 28% acreditam que houve uma melhora.
Outro indicador mostra que os eleitores estão enxergando cada vez menos diferenças entre os governos Lula e Bolsonaro. Em janeiro deste ano, 48% consideravam o governo Lula melhor que o de Jair Bolsonaro, enquanto 29% tinham a opinião contrária. Hoje, essa diferença diminuiu para 41% contra 36%.
Essa tendência tem implicações significativas. Em primeiro, ela indica erosão no apoio que Lula tinha ao assumir o mandato, com uma parcela crescente do eleitorado vendo poucas diferenças entre seu governo e o de Bolsonaro. Em segundo, isso expõe fragilidades para o governo e cria oportunidades para a oposição. Para conter essa perda, Lula provavelmente precisará reforçar sua identidade e reafirmar seus diferenciais, tanto para manter o apoio de sua base quanto para reconquistar eleitores críticos.