Deputado Luís Miranda pede à CPI prisão de Onyx Lorenzoni

Convidado a prestar depoimento nesta sexta-feira (25/6), o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF), irmão do servidor do Ministério da Saúde que afirmou ter sido pressionado para desembaraçar a importação da Covaxin, pediu a prisão do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), à CPI da Pandemia.

Luís Miranda e seu irmão, Luís Ricardo, prestarão depoimento conjunto à comissão, nesta sexta, sobre a pressão de superiores de Luís Ricardo e o relato que Luís Miranda teria feito ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

No pedido entregue hoje pelo deputado federal à CPI, Miranda cita o pronunciamento feito ontem à noite por Onyx e pelo assessor especial da Casa Civil e ex-secretário executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco.

No documento endereçado ao presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), Miranda diz que foi ameaçado por ambos. “Após ter recebido o convite de Vossa Excelência para comparecer à reunião deste órgão investigativo na próxima sexta-feira, quando pretendo oferecer minha colaboração para a elucidação dos fatos, ontem, dia 23 de junho, fui vítima, juntamente com meu irmão, de ameaças proferidas por ministro de estado – o sr. Onyx Dornelles Lorenzoni e o sr. Antônio Elcio Franco Filho – que contaram com todo o apoio de todo o aparato estatal da presidência da República”, diz o deputado no pedido.

Ainda segundo Miranda, o pronunciamento desta quarta-feira (24/6) tinha por objetivo intimidar ele e seu irmão. “Há ameaças claras desprendidas contra mim e meu irmão em público, ou melhor, com repercussão nacional e internacional, proferidas por um ministro ladeado por um investigado dessa CPI. A utilização de termos como ‘como vai pagar na justiça’, ‘trair o presidente Jair Bolsonaro’, ‘traiu o Brasil’, ‘se junta a todo mal que há na política brasileira’ somente podem pretender amedrontar e ameaçar as testemunhas na véspera de seu depoimento”.

O deputado e seu irmão estão sob proteção da Polícia Federal a pedido da CPI.