Arrancou novo projeto Re.Data para criar a Rede Portuguesa de Apoio à Gestão e Abertura de Dados de Investigação
Projetos Open Access da Universidade do Minho 2025-01-31
Arrancou este mês de janeiro o projeto Re.Data que tem como objetivo estabelecer e operacionalizar a Rede Portuguesa de apoio à Gestão e Abertura de Dados de Investigação.
O Re.Data é um consórcio destinado a promover a implementação do Programa Nacional de Ciência Aberta e Dados Abertos de Investigação (PNCA DAI) promovido pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), incluindo a necessária articulação com os centros de gestão de dados, de forma a fomentar as estratégias de ação nacionais e institucionais que desenvolvam uma cultura nacional de dados de investigação alinhada com os princípios de dados FAIR para convergir com o EOSC.
Este consócio é composto por cinco organizações, com coordenação da Universidade do Minho, em parceria com a Universidade de Coimbra, e participação do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, Instituto Politécnico de Bragança e Universidade NOVA de Lisboa.
O projeto teve o seu arranque em reunião de coordenação geral do consórcio, no passado dia 10 de janeiro, apresentando-se com um plano de ação em três domínios de intervenção: 1) desenvolvimento de políticas institucionais de Ciência Aberta e Gestão e Abertura de Dados de Investigação; 2) desenvolvimento de um programa de formação profissional e capacitação de investigadores, incluindo a criação da Rede de Data Stewards; 3) co-desenvolver materiais e serviços de apoio para a curadoria de dados e os dados FAIR, incluindo a proteção de dados, bem como a prestação de um serviço de assistência robusto.
O plano de trabalhos do projeto irá decorrer durante o ano de 2025, com possibilidade de extensão no quadro da prorrogação do PRR, garantindo a criação e desenvolvimento de uma infraestrutura de formação e serviços de apoio à curadoria e abertura dos dados de investigação em Portugal. Este plano de atividade para estabelecer e operacionalizar esta rede portuguesa de apoio à Gestão e Abertura de Dados de Investigação, orienta-se com base nos seguintes cinco objetivos (O) e apresentará os resultado (R) listados de seguida:
O1. Fornecer um quadro de referência para as políticas institucionais, a fim de orientar a implementação das estratégias de OS e RDM, promovendo o alinhamento das políticas através do funcionamento de um grupo de interesse especial nacional para as políticas de OS e do envolvimento da liderança.
- R1: Quadro de Referência e Diretrizes para as Políticas de OS e RDM.
- R2: Toolkit de recursos para a implementação de políticas.
- R3: Criação de um grupo nacional de interesse especial e de um quadro de conformidade com as políticas.
O2. Desenvolver um programa de formação profissional para conservadores de dados, gestores de repositórios e administradores de dados e estabelecer o Centro de Capacidades como um espaço comum para a melhoria das competências em matéria de RDM, incluindo a criação e o funcionamento da rede de administradores de dados.
- R4: Hub de desenvolvimento de competências como plataforma online com recursos de aprendizagem (guias, MOOC, vídeos) e percursos de aprendizagem.
- R5: Quadro de competências para a gestão de dados de investigação e dados FAIR e percursos de aprendizagem.
- R6: Programa de desenvolvimento profissional através de workshops e cursos online para curadores de dados, gestores de repositórios e administradores de dados.
- R7: Programa de formação de formadores através de um bootcamp de formação de formadores em ciência aberta e de um workshop de formação de instrutores de Data Stewards.
- R8: Rede Portuguesa de Data Stewards.
- R9: Programa de mentoria e intercâmbio para o EOSC.
O3. Co-desenvolver um conjunto de materiais e serviços de apoio de referência para a curadoria de dados e os dados FAIR, incluindo a proteção de dados, a recolha de boas práticas e de narrativas de casos de utilização, a construção de uma base de conhecimentos assente nas contribuições das redes de centros RDM, bem como a prestação de um serviço de assistência robusto.
- R10: Diretrizes para a curadoria de metadados em repositórios de dados de investigação.
- R11: Catálogo de referência de serviços e ferramentas sobre planos de gestão, curadoria e publicação de dados.
- R12: Conjunto de ferramentas sobre dados sensíveis e proteção de dados e um assistente de seleção de licenças.
- R13: Quadro para melhorar a aplicação dos princípios FAIR.
- R14: Plataforma de apoio à comunidade e helpdesk com documentação de apoio à integração.
- R15: Chatbot baseado em IA para suporte e helpdesk.
O4. Co-desenhar e estabelecer três centros de competência que apoiem a implementação de políticas institucionais, formação e desenvolvimento de competências, curadoria de dados e orientação de apoio à publicação, através de uma forte estratégia de comunicação e ligação, assegurando uma rede de apoio aos centros de RDM.
- R16: Centros de competência.
- R17: Rede de apoio aos centros de RDM.
- R18: Conjunto de ferramentas sobre dados sensíveis e proteção de dados.
O5. Desenvolver um modelo de governação comunitário para a Rede e investigar como pode ser alinhado com o programa nacional da FCT para ciência aberta e dados de investigação abertos.
R19: Manual de Referência Re.Data e modelo de governação da rede.
R20: Relatório sobre a estratégia de sustentabilidade, exploração e ligação.