Evento do Judiciário contempla experiências de mães, assistência à família e autismo

Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso 2024-04-19

Summary:

A programação matutina do 1º Workshop sobre Transtorno do Espectro Autista (TEA), realizado nesta sexta-feira (19 de abril), na sede do Judiciário estadual, contemplou diversos aspectos sobre o TEA, visando ampliar a visão dos participantes sobre o tema e contribuir para uma sociedade mais inclusiva. O evento foi transmitido na íntegra por meio do canal “TJMT – Eventos” no Youtube. 
 
A presidente da Comissão de Acessibilidade e Inclusão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargadora Nilza Maria Pôssas de Carvalho, responsável pelo evento, destacou a importância da ação. “Nosso trabalho está sendo nesse sentido de conscientizar a sociedade sobre o que podemos fazer pelas pessoas autistas. Trouxemos palestrantes de fora o estado e vamos distribuir cartilhas sobre inclusão da criança autista nas escolas porque a conscientização tem que começar cedo. Temos servidores que têm filhos autistas, então os trouxemos justamente para dar seus depoimentos e mostrar como devemos proceder, abraçar e dar tratamento igualitário. Somente agora nos dias atuais a sociedade despertou para o transtorno do espectro autista, então estamos nos preparando para auxiliar essas pessoas a desenvolverem suas capacidades”, disse.
 
O desembargador Rubens de Oliveira Santos Filho, representando a presidente do TJMT, desembargadora Clarice Claudino da Silva, parabenizou pela organização do workshop e o classificou como um orgulho e uma satisfação para o tribunal. “Precisamos divulgar mais porque é tão importante, mas tão importante, que as mais de 400 inscrições neste workshop já diz a sua importância”.
 
O evento foi aberto com a participação da servidora do TJMT, Elaine Zorgetti, mãe de Gabriel, 10, autista com nível de suporte 1. Ela agradeceu ao Tribunal de Justiça pela iniciativa e, antes de cantar o hino do autista, fez um breve relato sobre uma conversa com o filho, que despertou para a sua raridade enquanto ser humano. “Mãe, um em cada 68 são autistas, então eu sou muito especial. Ele falou isso com muita alegria! Então, a gente tem que mostrar isso pra eles, que eles são muito especiais”, disse, sendo aplaudida por toda a plateia.
 
“Realidade no autismo” – relato de uma mãe de autista: A servidora Andreia Santana de Castro Vasconcelos compartilhou sua experiência de luta em busca de assistência em saúde e educação para a filha Larissa, 12, que tem deficiência auditiva bilateral, apraxia da fala e transtorno do espectro autista. Ela relatou as dificuldades que enfrentou desde a suspeita de que sua filha tinha algum tipo de deficiência, sendo desacreditada por diversos médicos, até que, ao se mudar de Cáceres para Cuiabá em busca de profissionais, descobriu que a filha, já com 2 anos de idade, não ouvia. Desde então, Larissa faz uso do implante coclear.
 
Mesmo passando a ouvir e fazendo reabilitação auditiva, Andreia percebia dificuldade de contato visual e de atenção por parte da filha, que já estava por volta dos 4 anos de idade. Em busca de novos profissionais, ela teve que ir até o Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco da Universidade de São Paulo (USP) para obter o diagnóstico de transtorno do espectro autista para a filha.
 
Com isso, iniciaram-se novos desafios naquela família, como saber lidar com a rigidez cognitiva, a inclusão escolar (Larissa foi vítima de preconceito por parte de uma escola, que primeiro lhe negou vaga e, posteriormente, dificultou a situação até causar a desistência). Além disso, Andreia Santana relatou as dificuldades junto ao plano de saúde e as judicializações para garantir todos os tratamentos que a filha necessita para se desenvolver.
 
Atualmente, a adolescência tem sido um novo momento desafiador na vida da família. Atualmente, Larissa, que é autista não verbal, consegue ouvir por meio do implante e se comunica por meio de um aplicativo composto por pictogramas e voz, com os quais a menina expressa o que sente e pensa. Além disso, ela conta com diversos tratamentos acompanhados por equipe multidisciplinar. “Com a adolescência veio a ansiedade, que aumentou bastante, mas também veio uma forma dela se comunicar melhor conosco, que é a comunicação alternativa. Então temos tanto desafios como conquistas”, disse.
 
“Receb

Link:

http://tjmt.jus.br/noticias/77830

From feeds:

Judiciário Brasileiro » Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso

Tags:

dadosabertos

Date tagged:

04/19/2024, 17:09

Date published:

04/19/2024, 16:15