Proteção à pessoa idosa e como viver com longevidade são temas abordados no III Umanizzare

Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso 2024-04-19

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Na manhã desta sexta-feira (19 de maio), a Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso Desembargador João Antônio Neto (Esmagis-MT) promoveu uma nova edição do “Umanizzare – Justiça e Alteridade”, desta vez tendo como foco a proteção à pessoa idosa e orientações sobre como viver cada vez mais, com qualidade de vida. Os palestrantes dessa terceira edição foram o promotor de justiça Wagner Cezar Fachone e o médico integrativo Paulo Salustiano.
 
A abertura do evento foi feita pela diretora-geral da Esmagis-MT, desembargadora Helena Maria Bezerra Ramos. “Nós optamos por trazer ao debate um tema especialmente importante: o bem-estar, os direitos e as vulnerabilidade da pessoa idosa. Sim, pessoa idosa! Esse é o termo correto a ser utilizado para se referir a esse grupo, por possuir um caráter não discriminatório quanto às questões de gênero e que ressalta a centralidade do indivíduo, e não apenas uma característica temporal, no caso, a idade”, assinalou a magistrada em seu pronunciamento.
 
Conforme a desembargadora, as pessoas idosas merecem e precisam de mais atenção do poder público por diversas razões. Como representam um público em constante crescimento em todo o mundo, demandam políticas e serviços específicos para atender às suas necessidades. “Outro ponto importante vivenciado por muitos é a questão da inclusão social e do combate à discriminação etária. É notório que muitos sofrem com a exclusão e o preconceito, o que impacta negativamente em sua qualidade de vida. Temos consciência de que o poder público tem papel fundamental de promover a inclusão e garantir que os direitos das pessoas idosas sejam respeitados em todas as esferas da sociedade”, enfatiza.
 
Em relação aos encontros do Umanizzare, a diretora-geral explica que a iniciativa tem a intenção de chamar o juiz a se colocar no lugar do outro, no caso, das partes. “Quero que o juiz conheça um pouquinho qual é a vivência de pessoas fora da realidade dele. Por exemplo, uma pessoa idosa. Às vezes, o juiz é jovem e não sabe realmente o que é ser idoso, como é ser desrespeitado em seus direitos, qual o sentimento que essa pessoa tem quanto a isso. Eu já sou idosa e até já vivenciei um jovem dizendo ‘ah, sai velha’. Porque, para ele, eu sou uma velha. Então, essa falta de humanidade de muitas pessoas, muitas vezes, a gente não sabe como refletir isso numa decisão judicial”, explica.
 
A meta, segundo ela, é promover cada vez mais a humanização dos magistrados e magistradas, “para que quando for decidir uma questão envolvendo pessoas com essas vulnerabilidades, ele possa decidir da melhor forma, não só com justiça, mas com caridade, com amor e, principalmente, com Deus no coração.”
 
Na oportunidade, a diretora agradeceu a presença dos dois palestrantes, a quem considera duas referências em suas respectivas áreas e que trouxeram grandes ensinamentos e reflexões ao público presente ao Umanizzare.
 
Também aproveitou a ocasião para parabenizar o desembargador João Antônio Neto, que completa 104 anos nesta sexta-feira. “Ele dá nome à nossa Escola e muito nos honra e nos inspira como ser humano e como magistrado. Com uma vida pautada pelo estudo, pelo trabalho, dedicação à justiça e amor à literatura, João Antônio Neto é uma pessoa com inteligência privilegiada, e formação humanística, cultural e jurídica exemplar. Que siga por muitos mais anos sendo exemplo de vida e longevidade para todos nós.”
 
Direitos – O primeiro palestrante foi o promotor de justiça Wagner Fachone, que abordou o processo de envelhecimento da sociedade, as consequências desse processo e quais são as políticas que poderão ser implementadas para que essa parcela da população também seja contemplada. “Estamos caminhando para nos tornarmos um país de idosos e isso é uma realidade baseada em números, em estatísticas. Então é importante que se faça uma reflexão sobre esse processo, esse índice de envelhecimento do nosso país, da nossa região, e que possamos desenvolver e até nos humanizar mais com relação a esta parcela da população”, afirma.
 
Conforme Fachone, conforme a legislação vigente, uma pessoa idosa tem prioridade especial nos julgamentos dos proces

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http://tjmt.jus.br/noticias/77827

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04/19/2024, 17:09

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04/19/2024, 15:31