Poder Judiciário conclui segunda etapa do curso de facilitadores de Círculos de Paz em Várzea Grande

Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso 2024-04-30

Summary:

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso e o município de Várzea Grande realizaram durante todo o mês de abril o módulo II do curso básico de formação para facilitadores de Círculos de Construção de Paz. A formação é ofertada pelo Núcleo Gestor da Justiça Restaurativa (NugJur), em parceria com o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) da Comarca de Várzea Grande.
 
 
Participam da formação cerca de 100 profissionais entre professores e servidores da rede municipal de educação. O curso teve início no dia 12 de março, com a aula magna ministrada pela assessora de Relações Institucionais do NugJur, Katiane Boschetti da Silveira, onde os servidores tiveram a oportunidade de conhecer e vivenciar os princípios que movem a Justiça Restaurativa e a prática dos Círculos de Construção de Paz.
 
 
E é pensando exatamente em contribuir para um futuro com menos dores e traumas emocionais que os círculos chegam ao ambiente escolar, com a proposta de acessar o campo onde são formadas e podem ser trabalhadas as emoções. É na qualidade das relações e das trocas sociais que valores e aspectos psicológicos de crianças, jovens e adolescentes são construídos e levados para suas relações ao longo da vida.
 
 
Em outubro de 2023 foi assinado o Termo de Cooperação Técnica entre o Poder Judiciário e a Prefeitura de Várzea Grande para a implantação do Programa Municipal de Construção de Paz.
 
 
Para o juiz diretor do Fórum de Várzea Grande e coordenador do Cejusc, Luís Otávio Pereira Marques, a grande aceitação da metodologia dos círculos de paz pelo município de Várzea Grande tem contribuído de maneira decisiva para a expansão da prática.
 
 
“Graças a enorme receptividade da Justiça Restaurativa no município de Várzea Grande foi necessário ampliarmos o número de facilitadores, em especial aqueles que atuam na rede municipal de ensino, dando sequência e fortalecendo o termo de cooperação pactuado entre os poderes Judiciário e Executivo. Com a capacitação vamos avançar na propagação dos círculos de construção de paz, de maneira mais frequente e atendendo as demandas não só relacionadas aos conflitos escolares, como também familiares entre pais e alunos”, frisou o juiz Luís Otávio.
 
 
Na avaliação da secretária-adjunta de Educação de Várzea Grande, Maria Alice de Barros Silva, o envolvimento das unidades de ensino e a participação das áreas técnicas amplia e fortalece o movimento de levar a política de paz para além dos muros das escolas.
 
 
“Trabalhar com as famílias e a escola é essencial para fortalecer a justiça e os vínculos das próximas gerações. Por isso, acreditamos estar no caminho certo e na direção de uma sociedade mais justa e pacífica. Só temos a agradecer ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso por esse grande movimento de paz na sociedade. A Justiça Restaurativa tem um imenso potencial no sentido de promover o diálogo, a conciliação e a mediação. E a parceria que celebramos com o Judiciário torna Várzea Grande referência dentro do estado no tocante a disseminação da cultura da paz e de conscientização da necessidade de soluções mais respeitosas e pacíficas”, avaliou Maria Alice.
 
 
A rede municipal de educação de Várzea Grande possui 94 unidades de ensino, sendo 67 escolas e 27 Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), totalizando o atendimento de mais de 32 mil crianças.
 
 
Para a secretária-executiva do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial, Nailza da Costa Barbosa Gomes, que também é facilitadora de círculos de construção de paz, a ferramenta proporciona uma experiência enriquecedora de aprendizado para todos que participam.
 
 
“Tenho muito a agradecer pela oportunidade de participar do primeiro grupo de formação de facilitadores. Como aluna, só posso dizer que foi uma experiência incrível e um grande aprendizado humano. Agora falando como facilitadora, a cada círculo uma experiência nova e rica em material humano e autoconhecimento, não só para os alunos que participam, mas também para os facilitadores. Sempre temos a oportunidade de aprender com o outro, de olhar o outro sem julgamentos e ouvir com atenção e respeito faz toda a diferença. Colocar os ensinamentos dos círculos de paz em prática muda nossa postura diante da vida. Esperamos criar uma rede de profissionais preparados para levar a paz ao ambiente de trabalho, às famílias, aos nossos alunos e a toda sociedade”, refletiu Nailza.
 
 
Rosânge

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http://tjmt.jus.br/noticias/77907

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04/30/2024, 13:38

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04/30/2024, 13:15