Judiciário vai realizar mutirão carcerário para minimizar crise no sistema prisional
Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso 2019-08-20
Summary:
O corregedor destacou a importância da ação e da concentração de esforços de todos que estiveram presentes na reunião. “A união faz a força. Na medida em que você tem todas as partes envolvidas em prol do mesmo objetivo, o resultado naturalmente vai ser maior e mais rápido. Esperamos que atinjamos o desiderato a partir dessa primeira reunião”.
Em Mato Grosso, o número de vagas no sistema prisional decresceu nos últimos cinco anos. O número de reeducandos supera o número de vagas, superlotando as unidades penitenciárias. Cerca de 12.400 mil presos compõem a população carcerária do Estado, sendo que há pouco mais de 6.350 vagas no sistema.
“Mas, evidentemente temos que pensar na ampliação do sistema. Na Penitenciária Central do Estado, por exemplo, em uma cela, 44 pessoas estão numa área de pouco mais de 20 metros quadrados, dormindo amontoadas. Isso é desumano. Tanto quanto possível é necessário evitar o contato da pessoa que responde a um processo com o cárcere, até porque todos nós sabemos que nossos presídios hoje são universidades do crime. Temos que evitar esse contato funesto daquele que está iniciando na criminalidade com aqueles que são faccionados”.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Leonardo Campos, destacou que essa foi a primeira vez em que todas as autoridades envolvidas na administração do sistema carcerário estiveram juntas em uma reunião, que considerou bastante produtiva. “Poder Judiciário, Poder Executivo, Ministério Público, Defensoria Pública e OAB sentados para, de forma técnica e prática, tentar dar uma solução para isso que é um grande problema da sociedade brasileira”, afirma.
A reunião foi realizada na sala de reuniões do Espaço Memória, na sede do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, com a presença do juiz e coordenador do GMF, Geraldo Fidelis, do secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, além de representantes do Ministério Público, Defensoria Pública, OAB-MT, Penitenciária Central do