Araguaia Cidadão: casamentos e divórcio são realizados no mesmo mutirão em Torixoréu
Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso 2019-08-20
Summary:
Muitas noivas capricharam no visual e compareceram radiantes, com vestido branco, penteado, maquiagem e buquê de flores, para o tão esperado dia. Dentre elas, a fisioterapeuta Kamila Campos Silva (25 anos), que se casou com o professor Pedro Hugo Silva (30 anos). “Era meu sonho. Eles anunciaram na rua e aí me inscrevi. Como presto serviço no CRAS, no ano passado eu vi o casamento e achei tudo muito bonito. Pensei ‘no próximo vai ser o meu’”, contou a noiva.
Com a participação de daminhas de honra e até mesmo uma apresentação especial dos idosos que frequentam o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) local, o casamento foi seguido ainda por um farto churrasco, disponível para todos os participantes.
Cejusc – Enquanto uns aproveitaram a expedição do Poder Judiciário para iniciar a vida a dois, outros, após anos de uma vida em comum, finalmente encerravam o ciclo do casamento. Foi o caso do aposentado João de Almeida Santos (63 anos) e da dona de casa Lúcia Maria Fernandes Rocha Almeida (44 anos). Eles se casaram em 1991 e ficaram juntos por 22 anos. O casamento gerou um filho – Luiz Henrique, hoje com 24 anos -, mas acabou tendo fim em 2013. De lá para cá, eles ainda não haviam oficializado o divórcio.
“Aproveitei que ia ter os serviços aqui de graça e vim. O mutirão é bom demais. Você ‘tá’ perto de casa. Para ir lá
em Barra ia ter que gastar um pouquinho. Aqui é mais prático. Foi muito bom porque consegui resolver a situação”, afirmou seu João. Lúcia concordou com o ex-marido. “Eu nem estava pensando nisso [no divórcio], mas ele me chamou e a gente veio aqui para divorciar. O mutirão é muito bom. Temos um filho e continuamos amigos. E o atendimento aqui foi ótimo, maravilhoso”, complementou.
De acordo com a gestora do Cejusc de Barra do Garças, Telma Maria de Farias Salamoni, após a audiência é elaborado o termo de acordo do divórcio. O casal não tem bens a partilhar, nem filhos menores de idade. “Já vamos fazer o termo, aqui mesmo a promotora vai dar ciência e o juiz vai dar a sentença. Na sequência, vamos expedir o mandado de averbação. Daqui uns 10 dias eles já vão estar devidamente divorciados perante o cartório”, contou Telma, ressaltando que o prazo só não será menor porque o casamento foi realizado em Goiás, e não em Mato Grosso. “Se fosse aqui, encaminharíamos hoje mesmo”, complementou.