Iniciativas de combate à violência contra mulheres são expostas em Cuiabá
Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso 2019-08-20
Summary:
Em São Paulo, a iniciativa é prevenir que garotas se protejam de possíveis relações tóxicas, e no interior de Mato Grosso a proposta é atender todos os envolvidos ampliando a conscientização social da cultura de não violência. Os casos foram expostos durante o “Colóquio 13 anos Maria da Penha”, que reuniu, na Capital mato-grossense, cerca de 800 pessoas para celebrar os 13 anos de vigência da Lei 11.340/06.
A promotora de Justiça de São Paulo, Valéria Scarance, coordenadora do Núcleo de Gênero do MPSP, falou sobre a campanha #NamoroLegal: como prevenir a violência e o feminicídio. Ela é idealizadora e autora de uma cartilha com sete dicas práticas sobre relacionamentos tóxicos e trouxe dados que mostram o fenômeno da juvenilização do feminicídio. "Nós pensamos nesse público feminino ao percebemos que no grupo de mulheres adultas há um histórico de 10 anos ou mais de relação violenta até que culmine com a morte da vítima, mas as jovens morrem mais rápido, em questão de meses”, alerta.
“De acordo com a pesquisa ‘Visível e Invisível 2019’, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 42% das mulheres entre 16 e 24 anos sofreram alguma violência em 2018 no Brasil, 66% sofreram assédio, 20% retiraram fotos e 15% foram ameaçadas para passar a senha das redes sociais por pressão do namorado, além disso, 37% fizeram sexo sem proteção por pressão do namorado”.
De acordo com Valéria, a ideia do guia "Namoro Legal" é esclarecer, de maneira simples e prática, comportamentos abusivos e estabelecer limites, e, eventualmente, como sair de uma relação que pode causar danos.
As dicas são: Confie na atitude. Não nas palavras; Seu espaço é só seu; O “código da boa namorada”; A chave da sua vida; Não vá morar na lua; Saia dessa montanha russa de emoções; e Sorry, fera não vira príncipe com “seu amor”. Para entender tudo acesse a cartilha "Namoro Legal" AQUI.
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Rede de Frente
Há seis anos, Barra do Garças não registra casos de feminicídio. O fato é comemorado como uma grande vitória pela defensora pública Lindalva de Fátima Ramos, uma das idealizadoras do projeto Rede de Frente (Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica de Barra do Garças e Pontal do Araguaia).

“Quando a família não vai bem, a sociedade não vai bem, por isso idealizamos esse projeto e começamos a implementar vários eixos de atuação que pudessem surtir efeito a curto, médio e longo prazo”, analisa Lindalva. “Temos o grupo de reflexão para os homens, pois não adianta apenas a questão punitiva, já que é uma questão cultural”, cita.
Um dos eixos do grupo é a capacitação dos agentes envolvidos na defesa da mulher. Há pouco mais de um ano está em funcionamento a Patrulha “Rede de Frente Mulher Protegida”, que ficou