Inspeção de unidades prisionais é realizada em Arenápolis, Nortelândia e Diamantino

Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso 2023-11-24

Summary:

O Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo de Mato Grosso (GMF-MT) visitou as unidades prisionais das cidades de Arenápolis, Nortelândia e Diamantino. O trabalho de inspeção foi realizado por integrantes do Poder Judiciário e do Governo do Estado, na última quarta-feira (dia 22).
 
Na Cadeia Pública de Arenápolis, o grupo vistoriou as condições estruturais do prédio e conheceu de perto as ações de ressocialização através do estudo, cultivo de alimentos e trabalhos manuais em crochê e madeira desenvolvidos pelos recuperandos. O GMF também conseguiu iniciar a articulação de um termo de cooperação entre a prefeitura, Ministério Público e Estado para a construção de uma fábrica de bloquetes sextavados, meio-fio e pavers na unidade prisional. “Já começamos a desenhar uma parceria entre as instituições para a construção dessa fábrica dentro da cadeia”, disse o prefeito, Ederson Figueiredo. 
 
A presença do supervisor do GMF, desembargador Orlando Perri, foi celebrada pelo diretor da unidade prisional Gerson Martins da Silveira. “É muito importante que o Judiciário visite as unidades pessoalmente para que também nos ajude a pleitear melhorias estruturais e de trabalho. Aqui em Arenápolis nós temos duas turmas de ensino fundamental e médio, biblioteca, marcenaria e horta. Projetos que proporcionam a remição de pena, porém, é necessário investir também em garantir o cumprimento de pena em instalações melhores”, explicou o diretor.
 
Atualmente, 60 homens estão privados de liberdade na Cadeia Pública de Arenápolis. Desse total, 8 estão trabalhando. De acordo com a direção, a unidade prisional atende principalmente as cidades de Arenápolis, Nortelândia, Nova Marilândia e Santo Afonso.
 
A inspeção também foi acompanhada pela juíza titular da vara única de Arenápolis, Marina Dantas Pereira. Durante a sua primeira semana de jurisdição na nova cidade, a magistrada participou da vistoria da unidade prisional.
 
“A presença do GMF aqui em Arenápolis me dá mais respaldo e a oportunidade de trocar experiências. Além de juíza, eu também sou corregedora de presídios e a vinda do GMF até aqui foi maravilhosa para me orientar quanto a essa nova função, para que eu possa fortalecer os vínculos e criar projetos para que possa ter mais ressocialização e ajudar na unidade prisional”, afirmou a magistrada.  
 
- A comitiva foi recebida na Cadeia Pública Feminina de Nortelândia pelas recuperandas que participam do projeto de artes da unidade. No local, há um ateliê de artes, corte e costura onde as mulheres aprendem e desenvolvem técnicas de pintura a óleo, artesanato em arte sacra, pintura em cerâmica, crochê, amigurumi, bonecas de pano e também confeccionam uniformes para outras unidades prisionais. 
 
Atualmente, a cadeia pública conta com 70 mulheres privadas de liberdade e 31 desenvolvem trabalhos dentro da unidade. A A.T está há 6 anos presa em Nortelândia e desde 2018 participa de oficinas para despertar os seus dons artísticos. Hoje, ela é uma pintora autodidata e compartilha o seu conhecimento com as outras ressocializandas.
 
“Eu nunca imaginei que seria capaz de fazer o que eu faço hoje, porque lá fora eu não tinha nenhum contato com a arte. Quando eu vim parar aqui, pra mim, tinha acabado tudo. Eu não tinha mais esperança de nada, mas quando eu recebi a oportunidade de entrar no ateliê de pintura, eu fiquei mais curiosa e fui aprendendo mais e mais. Isso aqui é uma terapia que me ajuda a manter os pensamentos em ordem”, disse a autodidata.
 
Exercendo o cargo de direção da unidade prisional há quase 10 anos, Adriana Quintero conseguiu transformar as condições estruturais da unidade em parceria com o Judiciário e o Estado. Durante a visita, foram inauguradas a nova sala de aula, alojamento, parlatório e revitalização da cadeia pública.
 
“Na última vez que o GMF esteve aqui na unidade, nós fomos orientados a investir mais em trabalho e educação. Com isso, nós estamos promovendo muitas capacitações e oportunidades para que elas abandonem o crime e sejam inseridas na sociedade com uma vida digna. Hoje, nosso índice de reincidência é praticamente zero”, explic

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http://tjmt.jus.br/noticias/76884

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11/24/2023, 19:03

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11/24/2023, 18:38