Esmarn utiliza Ensino à Distância (EAD) e facilita participação de magistrados em cursos

Notícias TJRN 2018-04-24

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A Escola da Magistratura do Rio Grande do Norte (Esmarn) está realizando o seu primeiro curso por meio da plataforma de Ensino à Distância (EAD). O curso sobre “Tribunal de Júri” é ministrado pelo juiz Felipe Barros, da Vara Criminal de Macaíba, e conta com 15 magistrados participantes, inclusive de outros estados. Todos os conteúdos são veiculados pela plataforma.

Segundo o coordenador do curso e chefe da Divisão de Pedagogia da Esmarn, Fillipe Azevedo, uma das maiores vantagens do formato EAD é o alcance de um público que antes não conseguiria participar dos cursos por fators como a distância, dificuldade de deslocamento ou falta de tempo.

Com flexibilidade proporcionada pelo EAD, podem adequar de forma mais eficaz e conveniente os estudos a sua rotina diária e consequentemente otimizar sua participação na formação. "Muitos juízes se interessam, mas por trabalharem no interior ficam impossibilitados de se fazer presentes por dois dias inteiros, prazo exigido pelos cursos da Esmarn, e ausentes de suas comarcas, podendo assim haver um prejuizo na prestação jurisdicional. Essa também é uma vantagem para o tribunal, que qualificará ainda mais seus magistrados e não sofrerá nenhum défict com a ausência dos mesmos", aponta o coordenador do curso.

O juiz Felipe Barros afirma que a Esmarn já considera o curso um sucesso e tem como próximo passo a elaboração do próprio conteúdo programático, pois o do curso foi produzido pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam). Os alunos acessam esses conteúdos e participam dos encontros através da plataforma moodle (Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment), um software livre, de apoio à aprendizagem, executado em um ambiente virtual, também na forma mobile, para celulares.

Para Felipe Barros, houve uma maior interação pessoal entre o ministrante e os magistrados, aperfeiçoando assim a qualidade nos debates e nas atividades propostas. Outro benefício dessa interação foi a participação dos alunos, que se sentiram menos inibidos para interagir por se tratar uma plataforma digital. "No EAD necessariamente eles precisam interagir. É diferente da forma presencial onde só você estar presente já conta. Quem não participa não ganha nota, então aquele aluno mais inibido, que tem vergonha de perguntar, no digital acaba tendo que perguntar mais, participar mais", explica o professor.

A juíza Ana Cláudia Lemos, da comarca de Mossoró, é uma dos participantes do curso e reafirma a praticidade e conveniência proporcionado pelo EAD. "Gostei bastante do formato, principalmente porque estou designada para duas varas, na comarca de Mossoró e a 1ª Vara da Fazenda Pública em Natal. Então ficava muito difícil frequentar os cursos da Esmarn na quinta e na sexta-feira. Agora posso trabalhar e utilizar o tempo disponível, à noite e nos fins de semana, para participar do curso. E não deixa nada a desejar por ser um ensino a distância. Tem bastante conteúdo, atividades na plataforma, e se adequa melhor a minha rotina, para que eu não me ausente do trabalho e me especialize mais ainda na profissão", relata a aluna.

O chefe da Divisão de Pedagogia da Esmarn, Fillipe Azevedo, afirma que o novo método de ensino não exclui a modalidade presencial e que restringir o modo de ensino é limitar o potencial da Esmarn, negando à instituição a oportunidade de ter magistrados mais efetivos e também visibilidade em âmbito nacional. A intenção é fazer com que a iniciativa se expanda, e atinja novos cursos.

Intercâmbio

Dos 15 magistrados que são alunos do curso "Tribunal do Júri", um está baseado em Natal, dois na Vice-Presidência do TJRN, dez em comarcas do interior do RN, um na comarca de Princesa Isabel (PB) e outro na comarca de Aragarças (GO).

Os cursos oferecidos pela Escola da Magistratura possuem um número delimitado de vagas abertas destinadas para magistrados de outros estados, o que dificultava a presença destes. Mas no caso do curso EAD, a procura excedeu o número de vagas disponibilizadas para outros estados e houve lista de suplência, com juízes da Paraíba e Rondônia.

"É muito positivo para os nossos magistrados poderem dialogar com as experiências dos seus colegas de outros estados, o que já está acontecendo. Ficamos bastante felizes, com essa resposta tão favorável, isso mostra o sucesso do ensino à distância", celebra o coordenador Fillipe Azevedo.

Link:

http://www.tjrn.jus.br/index.php/comunicacao/noticias/13691-esmarn-utiliza-ensino-a-distancia-ead-e-facilita-participacao-de-magistrados-em-cursos

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a@a.com.br (Luiz)

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04/24/2018, 07:33

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04/24/2018, 06:45