JECC de São Raimundo Nonato promove concurso de redações que valorizam tradições culturais quilombolas
Poder Judiciário 2025-01-08
No último dia 14, o Juizado Cível e Criminal-JECC de São Raimundo Nonato realizou, em parceria com o Ministério Público do Piauí e a Associação do Território Quilombo Lagoas, o concurso de redação Quilombo Lagoas – Tecendo Histórias, visando fomentar temáticas relevantes ao desenvolvimento educacional das crianças e jovens da região. Com 176 inscritos, a ação possui o público-alvo do Projeto Trilha de Direitos, que busca levar serviços jurídicos e de cidadania aos territórios tradicionais da região da Serra da Capivara.
“Esta é uma ação que busca premiar redações de estudantes quilombolas do Ensino Fundamental ao Ensino Superior, que estão matriculados nas escolas da região do Quilombo Lagoas. A iniciativa tem como objetivo incentivar a educação, estimulando a criatividade e o fortalecimento do sentimento de pertencimento dos alunos e alunas, o que resulta tanto na promoção da valorização cultural da região, bem como dos saberes e vivências tradicionais da comunidade”, explicou a juíza do JECC de São Raimundo Nonato, Uismeire Ferreira Coelho.
Com o tema “O que é o quilombo para você?”, o estudante João Gabriel de Castro Sousa venceu em 1º lugar na categoria Ensino Fundamental 1 – Alunos(as) do 1º ao 3º ano, e a jovem Sofia Lopes Ferreira foi a vencedora da categoria aplicada aos(às) alunos(as) do 4º ao 5º ano.
Na categoria Ensino Fundamental 2, que contempla alunos do 6° ao 9º ano, a redação vencedora foi de Maysa de Castro Assis, trabalhando com o tema “Importância do quilombo na sua vida e da sua família?”. No âmbito do Ensino Médio, Rayka de Oliveira Reis foi a grande vencedora do 1º lugar, com a temática “Quilombo e Educação e suas relações”.
Por último, na categoria Ensino Superior, a redação vencedora foi do jovem Roney do Nascimento Santos que, com o tema “História/histórias do Quilombo Lagoas”, conquistou o 1º lugar na premiação.
“Uma ação cidadã que não apenas busca fomentar o debate de temáticas jurídicas, culturais, sociais e históricas de suas comunidades, mas também, incentiva a população a ser a grande narradora de suas próprias histórias e estórias”, conclui a magistrada Uismeire Ferreira Coelho.