Acusados de chacina no Alvorada são condenados com penas que variam de 18 a 87 anos de prisão
TJAM 2017-11-01
Summary:
O julgamento começou na terça e terminou nas primeiras horas desta quarta-feira (1º de novembro).
O Conselho de Sentença da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus julgou e condenou Ellice Dária da Silva Lira (Sine), Adriano Rosa de Lima e Suedson Monteiro de Souza (Neguinho), pela morte de Juliana Silva de Moura, de 28 anos, Stefany Silva de Lima, de 13 anos, e Sofia Silva de Moura, de 6 anos de idade. O julgamento durou mais de 15 horas, começou na terça-feira (31) e a sentença foi lida por volta de 1h da madrugada desta quarta, no Fórum Ministro Henoch Reis, na capital amazonense.
Além disso, houve uma tentativa de homicídio contra Sebastião de Souza Almeida, 65 anos, e estupro praticado contra a Stefany Silva de Lima, pelo acusado Suedson Monteiro de Souza, conforme os autos.
A maior pena foi aplicada a Suedson, condenado a 87 anos, um mês e 12 dias de prisão em regime fechado. Adriano Rosa de Lima foi condenado a 70 anos, 10 meses e dois dias de reclusão em regime fechado.
Ellice Dária da Silva Lira Pena recebeu a menor das penas aplicadas neste julgamento, sendo condenada a 18 anos, 10 meses e 22 dias de reclusão em regime fechado. Ela está em prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica e assim permanecerá até que seja julgado um recurso no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).
A sessão de julgamento foi presidida pelo juiz Rafael Rodrigo da Silva Raposo. O Ministério Público do Estado do Amazonas esteve representado pelo promotor de justiça Edinaldo Aquino de Medeiros. Os defensores públicos Inácio de Araújo Navarro e Luise Torres Lima atuaram na defesa dos réus.
Circunstâncias
O crime foi praticado no dia 28 de abril de 2013, no bairro do Alvorada, zona Centro-Oeste de Manaus. Segundo denúncia do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE), a primeira vítima, Sebastião de Souza Almeida, estava convivendo há cinco anos com Juliana Silva Moura, prima de Ellice Dária.
Sebastião possuía vários imóveis, conforme o órgão ministerial, o que lhe dava uma boa renda mensal. Isso despertou a atenção dos acusados, na visão dos promotores. As mentoras do crime foram a própria vítima – Juliana -, e a sua prima Ellice Dária, que acertou os detalhes com seu companheiro Adriano. O outro acusado, Suedson Monteiro de Souza, foi convidado por Adriano para participar do crime, de acordo com os autos.
No dia da chacina, Juliana levou Sebastião para um bar onde consumiram bebidas alcoólicas. Segundo o MP, ela havia combinado de embebedá-lo e convencê-lo a ir para casa onde os demais cúmplices praticariam o roubo. Ao entrar pelo portão da residência, foi surpreendido com golpes de revólver na cabeça, amarrado e depois esfaqueado. Ele sobreviveu, pois se fingiu de morto. Como não foi encontrado o dinheiro na casa, Adriano, Ellice Dária e Suedson se revoltaram com Juliana e a mataram com golpes de faca. Nesse momento as duas meninas que estavam dormindo na casa se assustaram com o barulho e foram atacadas também e mortas a golpes de faca.
Assim que os laudos ficaram prontos foi detectado que a vítima Stefany Silva de Lima teria sido estuprada. Com isso, o promotor Edinaldo Aquino de Medeiros pediu um aditamento ao processo e, a partir dos exames de DNA, ficou comprovado que o material encontrado no corpo da adolescente era de Suedson Monteiro de Souza.
Texto: Carlos de Souza
Foto: Arquivo TJAM – Igor Braga
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