Mais de 40 pessoas participam da primeira Oficina de Parentalidade do ano

Encontros são promovidos pelo TJAM, sob a coordenação do Centro Judiciário de Solução Consensual de Conflitos (Cejusc/Família).

Com a participação de mais de 40 pessoas – entre homens, mulheres e crianças –, o Centro Judiciário de Solução Consensual de Conflitos (Cejusc/Família) realizou, nesta sexta-feira (26), a primeira Oficina de Parentalidade da programação organizada para este ano. Ministradas por equipe de profissionais das áreas de Psicologia, Serviço Social e Direito, as oficinas acontecem, em média, uma vez por mês e são direcionadas a famílias que estão passando por situação de divórcio ou discutindo a guarda de filhos.

O primeiro encontro do ano foi realizado no 5º andar do Fórum Ministro Henoch Reis, no bairro São Francisco, zona Centro-Sul de Manaus, com as orientações e palestras sendo ministradas pela assistente social Carole Baraúna; a psicóloga Flávia Dias e advogada Raíssa Figueiredo, todas integrantes da equipe do Cejusc/Família. As acadêmicas do curso de Serviço Social Janiele Loyana e Amanda Corrêa e do curso de Psicologia, Liziane Lemos, também colaboraram no evento.

Carole Baraúna destacou que o foco das oficinas é a orientação. "Tratamos, por exemplo, sobre os tipos de guarda, sobre os prejuízos da alienação parental – situação em que um dos pais dificulta ou impede a comunicação do outro com os filhos –, falamos sobre convivência familiar e indicamos as redes socioassistenciais disponíveis para auxiliá-los na resolução de conflitos”, disse a gerente de assistência social do Cejusc/Família. As crianças que participam da oficina, são atendidas em ambiente separado dos adultos.

Em 2014, o CNJ editou a Recomendação nº 50, orientando os tribunais de Justiça para adoção das oficinas de parentalidade como política pública na resolução e prevenção de conflitos familiares. De acordo com Carole Baraúna, o projeto foi implantado pelo TJAM em 2015, precedido pela participação de servidores do Cejusc/Família em capacitação realizada pelo CNJ, em Brasília. No ano de 2017, 520 pessoas participaram das oficinas realizadas pela Corte Estadual amazonense.

Participação

Um dos participantes da oficina realizada nesta sexta, Jorge (nome fictício a pedido do entrevistado) fez um balanço positivo da atividade. “Sou divorciado, meus filhos vivem com a mãe e sou impedido, por ela, de visitá-los, o que considero uma atitude prejudicial para todos nós, sobretudo para as crianças. Estas e outras questões foram abordas pela equipe que ministrou a oficina e as informações e orientações sobre como devo proceder foram muito úteis. Eu recomendarei a oficina, inclusive, para aqueles que não estão divorciados, pois as instruções e reflexões são valiosas”, comentou afirmou.

Maria (que também pediu para ter o nome preservado) elogiou a iniciativa do TJAM na promoção das oficinas e disse que o objetivo do projeto é exemplar. “A contenda e as discussões infindáveis entre casais não levam a lugar nenhum. A proposta da oficina, de que busquemos, ainda que divorciados, o consenso em prol do bem-estar de nossos filhos, é louvável”, apontou.

Conforme a coordenação do projeto, em 2018, as oficinas de parentalidade deverão ser realizadas uma vez por mês. O calendário de atividades será posteriormente divulgado. “Pretendemos, inclusive, ampliar para a participação de mais pessoas, conseguindo um segundo espaço para a realização de oficinas simultâneas no próprio Fórum Henoch Reis”, anunciou Carole Baraúna.

Afonso Júnior

Foto: William Rezende

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