Projeto "Sementes da Vida" recebe destaque em comemoração japonesa pela paz mundial
TJAM 2018-03-12
Summary:
Idealizado pela CGJ do TJAM, projeto de caráter ambiental estimula o plantio de uma árvore para cada criança nascida e maternidade da capital amazonense.
Idealizado pela Corregedoria-Geral de Justiça do Amazonas e coordenado pelo juiz corregedor e titular da Vara do Meio Ambiente e Questões Agrárias (Vemaqa), Adalberto Carim Antonio, o projeto "Sementes da Vida" recebeu destaque da Organização das Nações Unidas (ONU) e será apresentado para representantes de 10 Estados brasileiros durante evento tradicional da cultura nipônica, em Manaus.
A solenidade acontecerá no próximo dia 17 de março para marcar os 60 anos desde a primeira grande mobilização de jovens japoneses pela paz, após a segunda guerra mundial. A data também marca os 90 anos do pacifista Daisaku Ikeda, fundador do Instituto Soka Gakkai Internacional (SGI), entidade sem fins lucrativos que, hoje, está em 192 países desenvolvendo projetos sociais. Em Manaus, o instituto atua por meio do Centro de Pesquisa e Estudos Ambientais do Amazonas (Cepeam), desde a década de 90, para promover a educação ambiental.
Há dois anos o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), por meio da Corregedoria-Geral de Justiça (CGJ/AM), firmou parceria com a entidade para gestão do projeto 'Sementes da Vida'. No ano passado, o diretor-presidente do Cepeam/SGI, Edison Akira Sato, apresentou o projeto aos profissionais do departamento de Desenvolvimento Sustentável e Humanitário da SGI, em Tókio, no Japão. A iniciativa chamou atenção pelo ineditismo e foi evidenciada pela entidade, que pretende incentivar a prática em outros Estados da região amazônica durante as comemorações do tradicional evento japonês pela paz mundial, realizado anualmente pela SGI.
No evento estarão presentes representantes dos escritórios regionais do Soka Gakkai nos Estados de Rondonia, Roraima, Acre, Mato Grosso, Tocantins, Pará, Amapá, Maranhão, Goiás e São Paulo, além do Distrito Federal para que conheçam o modelo bem sucedido de ação ambiental, que na opinião de Akira, “se praticado em outros estados brasileiros com certeza contribuirá para a saúde do planeta”.
De acordo com o coordenador do projeto, magistrado Adalberto Carim, o 'Sementes da Vida' é um instrumento que permite alavancar a consciência ecológica de forma mais suave e efetiva. “Quando trabalhamos a educação ambiental entre as famílias possibilitamos o relacionamento da criança com a natureza desde o nascimento - e esse vínculo passa a configurar o próprio registro civil da criança que recebe no mesmo documento informações acerca do georreferenciamento e da espécie de árvore plantada em homenagem a nova vida”, avalia.
“Esse talvez seja o grande diferencial do nosso projeto: oficiamos a adoção da árvore que cresce junto com as famílias e como consequência tornamos a cidade mais arborizada e agradável para as futuras gerações que em tese serão ainda mais conscientes e respeitosos no trato com a natureza”, acrescenta Carim.
Meta Desde novembro de 2016, quando o projeto foi lançado, já foram plantadas em Manaus mais de mil árvores nativas – madereiras, frutíferas e mediciais - em risco de extinção, que estão sendo monitoradas para garantir a sobrevivência das espécies. A meta é chegar ao plantio de 1 milhão de árvores na cidade.
Para alcançar os objetivos, além da SGI, o TJAM conta com a parceiria da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Secretaria Municipal de meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), Universidade Federal doAmazonas (Ufam), Associação dos Notários e Registradores do Amazonas (Anoreg-AM), Associação dos Registradores Civis do Amazonas (Arpen-Am) e empresa Rymo.
Reconhecimento O "Sementes da Vida" foi inscrito no Prêmio Innovare deste ano, na categoria Tribunal.
Esta será a segunda experiência do magistrado Adalberto Carim no prêmio que tem como objetivo identificar, divulgar e difundir práticas que contribuam para o aprimoramento da Justiça no Brasil.
Na primeira participação, em 2007, Carim recebeu menção honrosa na categoria Juiz Especial com o projeto “Arte sequencial como forma de pacificação das lide ambientais".
O juiz também já teve seu trabalho destacado na obra Greening Justice – Innovative remedies, a maior pesquisa sobre Varas e Tribunais Ambientai