TJAM conclui cadastramento de presos e mandados de prisão no BNMP 2.0 do CNJ
TJAM 2018-05-15
Summary:
Dois juízes do CNJ estiveram na tarde desta segunda-feira (14), em Manaus, para acompanhar o desempenho do Judiciário amazonense
Os juízes Maria de Fátima Alves da Silva e Marcelo Mesquita, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), se reuniram nesta segunda-feira (14), em Manaus, com magistrados que coordenam os trabalhos de cadastramento no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP 2.0) na Justiça Estadual e receberam a informação de que os trabalhos foram concluídos na capital – bem antes de o prazo final (31 de maio) estabelecido pela ministra Cármen Lúcia, presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF). O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) também finalizou na semana passada esse trabalho no interior, apesar das dificuldades com a qualidade da internet nos municípios. Em todo o País, já são mais de 300 mil detentos cadastrados no sistema.
O BNMP 2.0 é a plataforma desenvolvida pelo Conselho para o acompanhamento, em tempo real e num modelo unificado, das ordens de prisão e soltura emitidas pelos Tribunais de todo o País. Em março deste ano, juízes, assessores e diretores das Varas Criminais (comuns e especializadas) do TJAM – aproximadamente 150 pessoas – participaram de um treinamento sobre o Banco Nacional de Monitoramento de Prisões 2.0, ministrado pelos juízes do CNJ. O presidente da Corte amazonense, desembargador Flávio Pascarelli, pediu empenho dos magistrados e servidores para a conclusão do cadastramento no prazo estipulado pela ministra Cármen Lúcia.
Pelo painel do CNJ, o TJAM estaria com 61% de cumprimento do cadastro de presos e mandados de prisão, mas de acordo com os juízes Roberto Taketomi e Ronnie Frank Stone, que estão na coordenação desse trabalho no Amazonas, os números já atingiram os 100% esta semana. A diferença existente ocorre em razão, principalmente, dos números relacionados aos apenados do regime semiaberto – que foram incluídos inicialmente na base de dados, enquanto não devem integrar o BNMP já que os apenados não estão em estabelecimento prisional, mas sim em monitoramento eletrônico. Os esclarecimentos acerca dessa diferença entre os números estimados inicialmente para os atuais já foram repassados aos juízes do CNJ, durante a reunião no TJAM, e também serão encaminhados à coordenação nacional do BNMP 2.0.
Conforme dados cadastrados no banco, 2.561 mandados de prisão estão pendentes de cumprimento no Amazonas; 5.833 pessoas estão privadas de liberdade, sendo dois internados, 3.666 provisórios, 2.165 condenados (1.397 em execução definitiva e 768 em execução provisória). O número de homens é bem maior – 5.630; enquanto que as mulheres totalizam 206.
“O Amazonas estava com alguma dificuldade, mas já vimos que foram superadas. O tribunal conseguiu cumprir a alimentação do acervo do interior e depois trabalhou especificamente, por meio de um grupo de servidores e magistrados, a alimentação da VEP (Vara de Execução Penal, unidade que os presos condenados, em cumprimento de pena na capital, estão vinculados) e tomamos conhecimento hoje de que os trabalhos estão sendo finalizados, o que é muito bom do ponto de vista do CNJ: vir a Manaus para fazer um monitoramento e receber a informação de que está sendo cumprida essa alimentação. É um fato muito positivo para o Poder Judiciário do Estado”, afirmou a juíza Maria de Fátima Alves da Silva, diretora do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do CNJ.
Trabalho no AM
No dia 8 de maio, o TJAM concluiu os trabalhos relacionados ao interior. Inicialmente, a Corte priorizou o interior em razão das dificuldades logísticas e de comunicação. “Estávamos focados nos municípios também em razão das dificuldades com a internet, pois o cadastramento é realizado diretamente na plataforma do CNJ e as oscilações são constantes no interior do Estado. Por isso a equipe do Assessoramento Virtual, que atua na capital, colaborou para que o cadastramento dos presos e mandados de prisão das Comarcas do Amazonas fosse concluído dentro do prazo”, informou o juiz de Direito Roberto Taketomi. “Vencemos uma etapa que foi concluída com uma força tarefa que envolveu nossas Comarcas, nosso setor de Tecnologia da Informação (TI) e a Assessoria Virtual, que ofer