IV Consepre – Presidentes dos TJs destacam importância da tecnologia para dar mais efetividade à Justiça
lista_noticias 2022-10-06
Summary:
O Judiciário e a inteligência artificial
“Inovação é o tema do momento do Poder Judiciário mundial. A inovação tecnológica chegou com mais rapidez, em decorrência da pandemia, para mudar a vida das pessoas, das empresas e dos tribunais de justiça do mundo todo. No Brasil, sentimos mais o avanço em decorrência desse impacto que causou a pandemia, tendo em vista que tivemos que inovar, mudar, fazer uma reengenharia na gestão do Judiciário. De certo que esses avanços têm trazido resultados muitos salutares e promissores. E, hoje, todos os tribunais têm que lidar com o que chamamos de inteligência artificial. Teremos em breve o que chamam de computação quântica. É um avanço extraordinário, é como você sair do telefone fixo comum para a telefonia digital. Esse momento aqui no Estado do Tocantins é um momento oportuno para se discutir, debater e aprender sobre esses novos avanços para que os tribunais possam avançar na distribuição da justiça.”
Desembargador José Ribamar Oliveira - Presidente do TJPI
O futuro da Justiça em debate
“A expectativa em relação ao evento é a melhor possível. Tratar de inovação, tratar do futuro da Justiça brasileira é de suma importância. Nós precisamos tomar rumo sobre o que vai acontecer lá na frente. Todo administrador público tem que pensar nos atos que virão. O que ele pratica hoje, os efeitos que podem dar lá no futuro. Por isso, é tão importante nós conversarmos, trocarmos ideias e experiências. Eu tenho certeza que sairemos daqui todos mais sabedores do que fazer nos nossos tribunais.”
Desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira - Presidente do TJRJ e vice-presidente do Consepre
Justiça 4.0 e o acesso da população à tecnologia
“A expectativa, com sempre, é a melhor possível, principalmente porque há a possibilidade de cada estado trazer a sua realidade e a sua visão em relação ao momento em que o Judiciário está passando hoje. O tema inovação, ele é muito importante, principalmente por conta da Justiça 4.0. Com a virtualização da Justiça, várias experiências estão acontecendo nos tribunais, e essa troca de experiência, essa vivência da tecnologia, em meio às decisões judiciais, sempre é muito importante nós tratarmos, principalmente para que a gente possa prestar uma jurisdição mais célere e, acima de tudo, oportunizando que a população mais carente tenha acesso também à tecnologia. Porque, quando você virtualiza, você também tem que ter um olhar para as pessoas que vão acessar o Poder Judiciário, e a inovação deve ser buscada não só como tecnologia para os trabalhos judiciários, mas também tem que ser vista como uma forma de permitir o acesso da população mais simples, mais carente ao Poder Judiciário. Então, essa união de tecnologia e acesso ao Poder Judiciário é um ponto muito importante a discussão entre os tribunais como forma de a gente não afastar a população com a virtualização.”
Desembargador Rommel Araújo de Oliveira, presidente do TJAP
Tecnologia e humanismo
“A inovação é indispensável, pois hoje caminhamos para a conquista das tecnologias, o que é um caminho sem volta. É importante que o judiciário esteja envolvido nessas transformações, mas sem desprezar o aspecto do humanismo. A tecnologia sem a visão humanística não serve. Nós temos que nos empoderar para o servir ao humano que está do outro lado. Não podemos esquecer que estamos forçados a ultrapassar o abismo para alcançar aqueles que nós precisamos ouvir. A prestação jurisdicional envolve pessoas que muitas vezes não estão preparadas para essa nova linguagem tecnológica. Pois bem, é uma preocupação em nos empoderarmos e também de nos preocuparmos com quem está do outro lado e não tem ainda a capacidade de ouvir e traduzir o juridiquês. O judiciário precisa ter consciência que tem que ter uma visão humana da tecnologia para atingirmos seus propósitos e seus objetivos.”.
Desembargador Vivaldo Otávio Pinheiro, presidente do TJRN
Texto: Cristiano Machado
Fotos: Rondinelli Ribeiro
Comunicação TJTO