Um olhar do setor de não alcoólicos sobre a COP 27
JOTA.Info 2022-09-08
A 27ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 27) está batendo à porta. No início de novembro, em Sharm El-Sheikh, no Egito, delegações de todos os países estarão juntas para debater as melhores soluções com o objetivo de combater a crise climática que afeta o mundo como um todo. Chegamos num ponto no qual a agenda ESG, mais precisamente o “S” de sustentabilidade, precisa deixar de ser apenas um termo explorado em painéis dos mais diversos eventos nos últimos tempos para ganhar efetividade. E urgente.
A própria conferência já deu esse “push”. Na edição anterior foi exigido que todas as nações apresentassem planos mais fortes anualmente, a partir deste ano. E o Brasil marcará presença mostrando os avanços nessa agenda e que o país está conectado e empenhado em fazer a sua parte.
O setor de bebidas não alcoólicas se orgulha em contribuir também nesta temática, com iniciativas reconhecidas internacionalmente e forte parceria com a sociedade civil e com o Ministério do Meio Ambiente. Se engana quem pensa que tais iniciativas levam assinatura apenas de grandes empresas. As médias e pequenas indústrias de bebidas não alcoólicas têm sido protagonistas de uma série de iniciativas que promovem, efetivamente, um ambiente cada vez mais sustentável.
Sobre as mudanças climáticas, foco da COP, algumas de nossas associadas estabeleceram metas robustas de zerar as emissões de carbono entre 2030 e 2040, e empenhadas nessa redução contínua ano após ano. Como setor, inclusive, assinamos recentemente com o ministério um protocolo de intenções para colaborar com as discussões para a elaboração do Plano Nacional de Mudança do Clima (PNMC).
A otimização do gasto de energia nas fábricas também é uma grande preocupação da indústria. Dentre as iniciativas para aumentar a eficiência energética nas operações, destaca-se o emprego de motores de alto rendimento e baixo consumo de energia e a instalação de placas fotovoltaicas. Os investimentos em novas tecnologias e equipamentos mais eficientes possibilitaram uma redução de 50% na quantidade de água utilizada na produção de bebidas não alcoólicas. O índice de consumo médio caiu de 3,0 para 1,5 litros de água por litro produzido. Outra iniciativa voltada à eficiência hídrica é o aumento do volume de água de reuso nas fábricas. Existem também fábricas que atingiram sua própria neutralidade hídrica. Estas devolvem ao meio ambiente o mesmo volume de água que é utilizado na produção de suas bebidas.
Na pauta resíduos sólidos, nosso setor se destaca por ser um dos maiores usuários de embalagens recicláveis, sendo 97% do portfólio composto por embalagens retornáveis, com ciclos perfeitos, alumínio com recordes de reciclagem e o PET com metas de ampliação da sua destinação final. O case das embalagens retornáveis utilizadas por nosso setor, inclusive, foi apresentado com louvor na COP 26, em parceria com a CNI. Também lançamos neste ano a campanha Crie Esse Hábito, fruto de acordo de cooperação com o Ministério do Meio Ambiente, com objetivo de auxiliar a população no descarte consciente das embalagens em casa. A campanha foi publicada nas redes sociais e exibida nas telas das esteiras de bagagem do Aeroporto Internacional de Brasília durante todo o mês de maio, com mais de 246 mil inserções. Todos os avanços na reciclagem contribuem com a redução de emissões de gás carbono.
Em relação à proteção da floresta amazônica, nossas associadas possuem projetos reconhecidos a nível internacional, como o Olhos da Floresta, Aliança Guaraná de Maués e Expansão da Guaranaicultura, além de apoio ao programa Adote um Parque, com direcionamento de recursos para auxiliar na conservação de áreas protegidas de florestas na Amazônia. Impactar positivamente as comunidades envolvidas no processo de produção das bebidas é outro foco da indústria. O fomento à troca de conhecimentos, consultoria, treinamento e assistência técnica aos agricultores que cultivam o guaraná na Zona Franca de Manaus são exemplos de ações do setor com esse objetivo.
Não temos nos furtado a atuar em todas as complexas agendas que envolvem tornar o mundo mais sustentável e, mesmo orgulhosos do trabalho e empenho do setor, estamos certos de que muito ainda precisa ser feito.
Que venha a COP 27 e, com ela, mais braços, mãos dadas, força e ações. O setor de bebidas não alcoólicas está sempre pronto a ser parte da solução!