Efetividade: projeto Araguaia Cidadão garante prótese a mulher com perna amputada

Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro - Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro 2019-10-02

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 O olhar apreensivo, mas ao mesmo tempo de esperança de quem em breve poderá se locomover melhor e seguir a vida de forma mais independente é a expectativa de dona Estelita Ferreira Souza, moradora da cidade de Araguainha (468 km a sul da Capital). Ela foi uma das pessoas atendidas durante o programa Araguaia Cidadão, realizado em agosto deste ano, e hoje vê a efetividade dessa ação do Poder Judiciário de Mato Grosso.
 
A dona de casa e aposentada teve parte da perna esquerda amputada em decorrência de uma trombose há sete anos, e desde então aguardava por uma prótese. Ela esteve em Cuiabá, na semana passada, no Centro de Reabilitação Integral Dom Aquino Corrêa (Cridac), para fazer o molde da prótese, que será entregue em menos de dois meses.
 
Ativa, mesmo com o andador, faz todos os serviços domésticos, e enquanto aguardava a consulta para fazer as medições e a confecção do molde, dona Estelita conta que tinha perdido as esperanças de ter uma prótese, mas, após o atendimento na ação realizada pelo Judiciário mato-grossense, a sensação é emocionante.
 
“Foram sete anos de espera por esse momento, sinto muita alegria e emoção e não tenho palavras para descrever tanta felicidade. Só tenho a agradecer primeiro a Deus e depois a esse projeto que foi até lá na nossa cidade, que me encaminhou para Cuiabá”, diz.
 
Em média, uma prótese do mesmo modelo custa mais de R$ 7 mil, um valor que a aposentada diz que seria impossível pagar. Agora, tem perspectiva de um futuro melhor, com mais qualidade de vida e independência. “Vai melhorar tudo. Lavo louça, roupa, varro a casa, cozinho para todo mundo. Faço pastel e cremosinho para vender na feira e no festival de praia, e agora vai ser mais fácil para andar. Com esse andador a gente fica muito limitada, e depressiva dentro de casa. Daqui para frente é vida nova, e com fé em Deus, logo, estarei andando”, fala.
 
O secretário de Saúde de Araguainha, Valdevino Rodrigues, acompanhou dona Estelita na consulta e disse que foi por intermédio do Araguaia Cidadão que o atendimento no Cridac se tornou realidade. “Essa consulta que ela conseguiu lá no mutirão é de suma importância. A população do nosso município é muito carente e necessita de diversos tipos de atendimentos. Foi uma grande conquista vocês terem ido até lá. Pedimos ao juiz José Antônio Bezerra que volte outras vezes porque levou muitos benefícios para a gente”, afirma.
 
Além da pacificação de conflitos, levar parceiros com os mais variados tipos de atendimento é o objetivo do Araguaia Cidadão, segundo o coordenador do projeto, juiz José Antônio Bezerra Filho. “As parcerias dignificam e mostram toda a viabilidade do Araguaia Cidadão, uma ideia ousada que partiu da administração do Tribunal, por meio do presidente, desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha, de levar ao Vale do Araguaia diversos tipos de serviços que dificilmente chegariam lá. A nossa satisfação é saber que estamos colhendo os frutos das sementes que plantamos e o caso de dona Estelita é um marco para toda equipe da primeira etapa do Araguaia Cidadão, mostrando o sucesso e viabilidade”, ressalta.
 
Quem atendeu o caso de dona Estelita foi o defensor público Joaquim José Abinader Guedes da Silva, que exerce a função desde o ano de 2003, e o ofício, na visão dele, é uma espécie de sacerdócio, ajudando o próximo o tempo todo. “Se você consegue fazer uma ação grandiosa, seja para uma comunidade ou para uma pessoa. Conversei com dona Estelita e me contou a sua rotina, que cuida da casa, do marido e que há muito tempo esperava por uma prótese. Imagino ela andando daqui uns dois meses e vou ficar mais feliz ainda quando isso concretizar. Por isso, acompanhamos ‘pari passu’ cada caso. Ela é uma pessoa muito guerreira. Já conhecia a região do Araguaia, e esse município é desprovido de tudo”, salientou.
 
Araguainha é a menor cidade do Estado e nunca havia recebido uma série de atendimentos como a que foi levada por meio do projeto do Judiciário. A secretária de Assistência Social do município, Maria Rita de Souza, enfa

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http://tjmt.jus.br/noticias/57724

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10/02/2019, 13:01

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10/02/2019, 10:04